19 de setembro de 2010

Ângela Ro Ro - História sexual da mpb.



Na música brasileira, teve gente que já ralou o tchan, que ficou de olho na butique dela e que virou homem, virou lobisomem. Outros afirmaram que precisam aprender a ser sós, que gostavam de meninos e meninas ou ainda insistiram: eu te amo, eu te amo, eu te amo. Seja no samba, no rock, na bossa-nova, no forró, no axé, na MPB ou em qualquer ritmo ou estilo musical praticado no Brasil, sexo e amor sempre foram assuntos constantes (mesmo que escondidos sob camadas de significados e jogos de palavras). O assunto sempre despertou a atenção do jornalista carioca Rodrigo Faour. A curiosidade virou pesquisa e resultou, em 2006, no lançamento do livro História sexual da MPB – A evolução do amor e do sexo na música brasileira (Editora Record).

A repercussão do título pode ser medida tanto pelo fato de a obra estar chegando à sua quarta edição como pelos seus desdobramentos. Rodrigo apresenta o programa de rádio Sexo MPB desde 2008 (transmitido no Rio de Janeiro pela MPB FM). E hoje, à meia-noite, ele estreia pelo Canal Brasil o programa que leva o mesmo nome de seu livro.

“Confesso que jamais imaginaria que este trabalho rendesse tantos frutos, pois é uma pesquisa um tanto ousada em que dou valor a muitos artistas que nunca são lembrados em livros que pretendem historiar a música brasileira”, comenta Faour. “Muitos artistas podem não ser virtuoses como músicos ou poetas letrados, mas influenciaram a sociedade brasileira no que diz respeito a comportamento — em sua própria imagem (sendo cantores) ou nas danças e letras que produziram, atiçando a libido geral ou mesmo quebrando tabus e preconceitos em suas mensagens”, explica o jornalista.

Ou seja, personalidades como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Wando, Alcione, Martinho da Vila e Ângela Rô Ro dividem espaço com Eduardo Dusek, João Roberto

Kelly, Maria Alcina, Waleska (a “Rainha da fossa”), o forrozeiro Manhoso e ainda Lana Bittencourt, Doris Monteiro, Ademilde Fonseca, Roberto Silva, Miltinho e Jorge Goulart, entre outros grandes nomes da época áurea do rádio.

Nesta primeira temporada (o jornalista adianta que a próxima irá ao ar no segundo semestre) serão exibidos seis episódios. A cada programa, Rodrigo Faour debate um tema, respectivamente, a mulher, a sensualidade, o duplo-sentido, a dor de cotovelo e a sexualidade transgressora (esta, dividido em duas partes).

O apresentador reconhece que cada veículo tem a sua magia, mas na tevê, o tom documental é intensificado. “A imagem é muito forte. Muitas vezes, apresento os próprios personagens dessa ‘história sexual da MPB’ mostrando seus depoimentos e dando canjas das suas músicas mais importantes dentro dos temas que proponho. Fora que posso ilustrar, com clipes de época, o que vale mais que mil palavras.”

No programa de hoje, A mulher na MPB, Faour conversa com as cantoras Simone e Alcione e com os cantores e compositores Ivan Lins, Erasmo Carlos, Martinho da Vila e Wando sobre as conquistas da mulher na sociedade brasileira. Elas e eles analisam o reflexo disso na música, do machismo dos primeiros tempos até o advento do movimento feminista e ainda passam por temas tabus, como virgindade, divórcio, aborto e orgasmo feminino.



Vejam os vídeos:
História Sexual da MPB parte 13 - Sexualidade Transgressora

História Sexual da MPB parte 14 - Sexualidade Transgressora.

História Sexual da MPB parte 15 - Sexualidade Transgressora

Sexo MPB
Sexo MPB

O apresentador Rodrigo Faour incluiu Outono, gravação de Angela Ro Ro e Antonio Adolfo para o Songbook Djavan, no CD Sexo MPB, lançado pela EMI. No encarte elogia: "Angela Ro Ro além de compor muito bem é uma intérprete sexy de primeira linha desde seu lançamento em 1979."

Ângela Ro Ro - Outono

Um comentário:

  1. Parabéns pelo blog, gosto de quem zela por nossos artistas, é isso aí, menina! Beijo grande e não deixe a peteca cair.

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