25 de setembro de 2010

Sexo MPB festa de 2 anos

O jornalista e pesquisador musical Rodrigo Faour reúne um grande elenco de vários estilos e gerações da MPB, no dia 20/09/2010 segunda-feira, no Centro Cultural Carioca.
Entre eles Ângela Ro Ro esteve presente!

Ro Ro aperta os seios de Eliana Pitman e troca versos de música.

Mesmo sem tomar uma gota de álcool, Angela Ro Ro aprontou no Centro Cultural Carioca esta semana. Depois de apertar os peitos de Eliana Pitman para conferir se era silicone ou não, perguntou por que a veterana estava com os peitos “na bandeja”. Não satisfeita, Ro Ro ainda subiu ao palco e fez uma nova versão para o clássico “Amélia”, cantando: “Amélia que era mulher de verdade. Tirava a calcinha e ficava à vontade”.
Sexo MPB


Ângela e Rodrigo.
Matéria do jornal o Globo.

22 de setembro de 2010

O som do vinil com Ângela Ro Ro

O Som do Vinil é um programa musical brasileiro do Canal Brasil.
O programa, produzido pelo Canal Brasil e Bravo Produções, e apresentado pelo músico Charles Gavin, estreou em setembro de 2007 e enfocaLPs marcantes da discografia brasileira. Com duração de 30 minutos, o apresentador entrevista, quando possível, o autor, seus familiares e pessoas da produção para revelar detalhes técnicos e de bastidores da obra.
Ângela Ro Ro fala do seu primeiro Lp de 1979 é conta outras histórias,fala de cada  música e suas composições,fala deste de quando a música esteve presente em sua vida,de suas influências musicais, e dos amigos que trabalharam com ela neste,seu  primeiro LP.E o programa tem depoimentos de Rodrigo Faour,Paulinho Lima e o Rick Ferreira.
O álbum de estreia de Ângela Ro Rô, de 1979, é um retrato da carreira desta cantora intensa. Ela fala sobre o sucesso "Amor, meu grande amor", presente neste disco, e sobre as histórias de suas composições, totalmente autobiográficas.
Faixas
1 Cheirando a amor   
(Ângela RoRo) 
2 Gota de sangue
(Ângela RoRo)
3 Tola foi você
(Ângela RoRo)
4 Não há cabeça
(Ângela RoRo)
5 Amor, meu grande amor
(Ana Terra, Ângela RoRo)
6 Me acalmo danando
(Ângela RoRo)
7 Agito e uso
(Ângela RoRo)
8 Mares da Espanha
(Ângela RoRo)
9 Minha mãezinha
(Ângela RoRo)
10 Balada da arrasada
(Ângela RoRo)
11 A mim e a mais ninguém
(Sergio Bandeira, Ângela RoRo)
12 Abre o coração (Ângela RoRo)
 ÂNGELA RO RO – 1979: no seu primeiro trabalho Ro Rô já mostrou a que veio.
A voz, que é inegável e inquestionável, era apenas mais um detalhe a sonorizar docemente as verdades de cada letra.
O álbum de 1979 emplacou, além do carro-chefe “Amor, meu grande amor” (Ângela Ro Ro e Ana Terra), canções como: Cheirando a Amor, Gota de Sangue, Tola foi Você, Agito e Uso, A Mim e Mais Ninguém e Mares da Espanha, a qual o único questionamento é à introdução um pouco descompassada com o restante da música.
Agora confira o vídeo.

O Som vinil - Ângela Ro Ro parte 1


O som vinil - Ângela Ro Ro parte 2

19 de setembro de 2010

Ângela Ro Ro - História sexual da mpb.



Na música brasileira, teve gente que já ralou o tchan, que ficou de olho na butique dela e que virou homem, virou lobisomem. Outros afirmaram que precisam aprender a ser sós, que gostavam de meninos e meninas ou ainda insistiram: eu te amo, eu te amo, eu te amo. Seja no samba, no rock, na bossa-nova, no forró, no axé, na MPB ou em qualquer ritmo ou estilo musical praticado no Brasil, sexo e amor sempre foram assuntos constantes (mesmo que escondidos sob camadas de significados e jogos de palavras). O assunto sempre despertou a atenção do jornalista carioca Rodrigo Faour. A curiosidade virou pesquisa e resultou, em 2006, no lançamento do livro História sexual da MPB – A evolução do amor e do sexo na música brasileira (Editora Record).

A repercussão do título pode ser medida tanto pelo fato de a obra estar chegando à sua quarta edição como pelos seus desdobramentos. Rodrigo apresenta o programa de rádio Sexo MPB desde 2008 (transmitido no Rio de Janeiro pela MPB FM). E hoje, à meia-noite, ele estreia pelo Canal Brasil o programa que leva o mesmo nome de seu livro.

“Confesso que jamais imaginaria que este trabalho rendesse tantos frutos, pois é uma pesquisa um tanto ousada em que dou valor a muitos artistas que nunca são lembrados em livros que pretendem historiar a música brasileira”, comenta Faour. “Muitos artistas podem não ser virtuoses como músicos ou poetas letrados, mas influenciaram a sociedade brasileira no que diz respeito a comportamento — em sua própria imagem (sendo cantores) ou nas danças e letras que produziram, atiçando a libido geral ou mesmo quebrando tabus e preconceitos em suas mensagens”, explica o jornalista.

Ou seja, personalidades como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Fafá de Belém, Fernanda Abreu, Wando, Alcione, Martinho da Vila e Ângela Rô Ro dividem espaço com Eduardo Dusek, João Roberto

Kelly, Maria Alcina, Waleska (a “Rainha da fossa”), o forrozeiro Manhoso e ainda Lana Bittencourt, Doris Monteiro, Ademilde Fonseca, Roberto Silva, Miltinho e Jorge Goulart, entre outros grandes nomes da época áurea do rádio.

Nesta primeira temporada (o jornalista adianta que a próxima irá ao ar no segundo semestre) serão exibidos seis episódios. A cada programa, Rodrigo Faour debate um tema, respectivamente, a mulher, a sensualidade, o duplo-sentido, a dor de cotovelo e a sexualidade transgressora (esta, dividido em duas partes).

O apresentador reconhece que cada veículo tem a sua magia, mas na tevê, o tom documental é intensificado. “A imagem é muito forte. Muitas vezes, apresento os próprios personagens dessa ‘história sexual da MPB’ mostrando seus depoimentos e dando canjas das suas músicas mais importantes dentro dos temas que proponho. Fora que posso ilustrar, com clipes de época, o que vale mais que mil palavras.”

No programa de hoje, A mulher na MPB, Faour conversa com as cantoras Simone e Alcione e com os cantores e compositores Ivan Lins, Erasmo Carlos, Martinho da Vila e Wando sobre as conquistas da mulher na sociedade brasileira. Elas e eles analisam o reflexo disso na música, do machismo dos primeiros tempos até o advento do movimento feminista e ainda passam por temas tabus, como virgindade, divórcio, aborto e orgasmo feminino.



Vejam os vídeos:
História Sexual da MPB parte 13 - Sexualidade Transgressora

História Sexual da MPB parte 14 - Sexualidade Transgressora.

História Sexual da MPB parte 15 - Sexualidade Transgressora

Sexo MPB
Sexo MPB

O apresentador Rodrigo Faour incluiu Outono, gravação de Angela Ro Ro e Antonio Adolfo para o Songbook Djavan, no CD Sexo MPB, lançado pela EMI. No encarte elogia: "Angela Ro Ro além de compor muito bem é uma intérprete sexy de primeira linha desde seu lançamento em 1979."

Ângela Ro Ro - Outono

15 de setembro de 2010

Ângela Ro Ro na Ilha de caras ano 2008

A idade dos fãs surpreendeu a cantora Angela RoRo (59) no show que fez com exclusividade para os convidados da Ilha de CARAS. "Isso aqui está parecendo uma festa de 15 anos", brincou a artista conhecida pela sua irreverente verve. Pouco depois da declaração, o arranjador e tecladista Ricardo MacCord(48), há quase 20 anos seu parceiro no palco e nas composições, iniciou os acordes de Meu Benzinho. De fato, quase toda a plateia tinha menos de 30 anos, o tempo de carreira que Angela completa este ano. Foi exatamente no fim de 1979, que a cantora nascida em Copacabana e criada em Ipanema, bairros da zona sul carioca, entrou nos estúdios para gravar o primeiro disco, que levou o seu nome. "Não sei direito a faixa etária do meu público, mas à medida que o tempo passa, fica mais flexível. Isso é interessante. Quero sempre que os fãs aumentem", disse a cantora, cujo último trabalho foram o DVD e o CD Angela RoRo Ao Vivo, além do álbum Compasso, lançados em 2006.

A idade, no entanto, não foi obstáculo para que Angela tivesse um coro de vips acompanhando-a. A maioria conhecia, e bem, o repertório apresentado de dez músicas, entre elas Ne Me Quitte Pas, sucesso do belga Jacques Brel (1929-1978), e Night and Day, de Cole Porter (1891-1964). A atriz Pitty Webo (27), ao lado do namorado, o publicitário Alexandre Bento (29), com quem já divide um apartamento, elogiou o ótimo gosto da cantora. "Domingos Oliveira, meu diretor em Confissões de Adolescente, me ensinou a ouvir Cole Porter. Aprendi a gostar de jazz com ele e me emocionei ao ouvir esse clássico na voz da Angela", disse Pitty.

Durante toda a apresentação, de cerca de uma hora, a cantora seduziu seu público não só com belas canções e sua voz rouca, o que lhe valeu o apelido de RoRo, mas também com as brincadeiras. "Juro que tento falar menos no show, mas sou um pouco Glauber Rocha, verborrágica", comparou-se ao cineasta. Entre os admiradores da cantora, estava a família de Lívia Rossy (27). A atriz e sua irmã, a advogada Fernanda (25), tornaram-se fãs de Angela por causa da mãe, Neuza (57). "Ela é apaixonada pelas músicas. Eu também adorei. É a primeira vez que assisti a um show da Angela. É sen-sa-cio-nal!", vibrou Lívia. "Esperávamos que fosse ser bom, mas não é isso: é muito bom. Na verdade, é maravilhoso", endossou Fernanda. "Obrigada, obrigada, a gente faz o que pode", agradeceu com humor a artista. Em seguida, analisou com seriedade sua performance. "Sempre faço um trabalho no estúdio e no palco com o maior afinco, a maior delicadeza, dedicação, com todo o talento que tenho. É uma doação total. Tento até ser melhor do que sou para o meu público", garantiu Angela.

Um dos hits da noite foi Amor, Meu Grande Amor (1979), o primeiro sucesso da cantora, em parceria com Ana Terra (58), que integra a trilha sonora da novela Caminho das Índias. Sempre interagindo com a plateia, ela brincou que a canção seria dedicada pelo filho da atriz Ana Saab (27), Lucca (9), para Sophia (3), herdeira da atleta Maurren Maggi (32), campeã olímpica em Pequim no salto em distância. "É desse jovem senhor para essa pequena musa", anunciou, impostando a voz como uma locutora de rádio e arrancando gargalhadas. "Essa mulher é tão louca quanto meu pai era", exclamou a DJ Vivi Seixas (27), referindo-se ao lendário roqueiro Raul Seixas (1945-1989). Ao lado do marido americano, o também DJ Mike Frugaletti(30), ela acompanhou com palmas.

Além de Amor, Meu Grande Amor, o repertório romântico continuou com Simples Carinho, de Abel Silva (64) e João Donato (74), e até Eu Sei Que Vou Te Amar, de Antonio Carlos Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980), para o deleite dos casais presentes. Abraçado à mulher, Juliana Camatti (25), com quem está há quatro anos, Mario Frias (37), ator e vocalista da banda Zona Zero, se mostrou encantado com a apresentação. "Acho que tenho que nascer de novo para cantar assim. A Angela esnoba a gente. Isso é que é um show", comentou com Juliana e o casal de atores sentado ao seu lado, Ana Saab e Lorenzo Martin (28), que se casam no dia 29 de maio. Ao fim da apresentação, a cantora não conseguiu deixar a sala onde foi montado seu palco. O público ficou de pé, não parou de aplaudir e pediu bis. Foi então que atacou com Malandragem, de Cazuza (1958-1990), dividindo o microfone com todos que queriam soltar a voz. "Quando olho a minha discografia, digo: 'Nunca gravei uma porcaria, nunca pequei contra a música, graças a Deus.' Jamais tomei um pileque ou qualquer coisa para compor. A minha arte é uma coisa que permanece intocada", emocionou-se. "Só tenho que agradecer a todos, de verdade. A vida me sorri o tempo todo e eu sorrio de volta, porque não sou boba, não", completou ela.


12 de setembro de 2010

DVD Ângela Ro Ro ao vivo

Em Setembro de 2006 é um ano importande para Ângela Ro Ro, é o ano que ela grava seu primeiro DVD ao vivo, gravada  no Circo Voador, no Rio de Janeiro com grandes convidados especias na carreira da cantora, como:Alcione,Luiz Melodia e Frejat.
Cada música  escolida  teve um significado em relação ao artista convidado e a carreira da Ro Ro.
O primeiro artista a dividir o palco é o Luiz Melodia onde eles cantam um dos maiores sucessos de Ro Ro
Tola foi você(angela ro ro)

Luiz Melodia
Depois o segundo convidado é a cantora Alcione elas cantam Joana Francesa composta por(Chico Buarque)
Alcione

Ângela diz em seu show: Ela é sangue bom!! Boa de samba e de coração. Madame Marrom..."
Logo depois chamou ao palco Frejat onde cantam um Rock chamado. A Mim e a Mais Ninguém (Ângela Ro Ro e Sérgio Bandeyra)
Frejat.
Em 15 n�meros, Ro Ro resumiu no roteiro todas as fases de sua err�tica carreira fonográfica. Acertei no Millênio (2000), O Cinema, a Princesa e o Mar (2000), Meu Benzinho (1988), Escândalo (1981, o número de maior voltagem emocional, merecidamente ovacionado pela platéia que lotou o Circo Voador), Só nos Resta Viver (1980), Fogueira (1984), Came e Case (1981), Querem nos Matar (1982) e Simples Carinho (1982) foram algumas músicas regravadas pela artista para o DVD e CD ao vivo.

Extras do DVD.
DVD Ângela Ro Ro ao vivo - Extras parte 1

DVD Angela Ro Ro ao vivo -Extras parte 2

DVD Ângela Ro Ro ao vivo -Extras parte 3


Vejam alguns trechos do dvd

Ângela Ro Ro - Amor meu grande amor clip oficial

Angela Ro Ro - Escândalo dvd ao vivo

Angela Ro Ro e Alcione dvd ao vivo

8 de setembro de 2010

Angela Ro Ro no Amaury Jr.


No 'Programa Amaury Jr.' desta quinta-feira (02), confira a entrevista com a cantora e compositora Angela Rô Rô, que falou sobre sua trajetória profissional e vida pessoal.

O 'Programa Amaury Jr.' vai ao ar de terça a sexta-feira, a partir de meia-noite, pela Rede TV!.





Entrevista de 8 anos atrás em 2002


7 de setembro de 2010

Ângela Ro Ro fala sobre ressaca no Jornal da Record.

COMO CURAR UMA RESSACA APÓS A BEBEDEIRA.

Forte dor de cabeça, gosto desagradável na boca e sensação de tontura são os principais sintomas da ressaca causada pelo uso de bebidas alcoólicas.



Entre elas, a cerveja é a preferida de seis em cada dez brasileiros. Em segundo lugar está o vinho, seguido pelas bebidas destiladas. Todas elas, se ingeridas em excesso, causam os incômodos sintomas da ressaca.


Em mais uma reportagem da série “Álcool”, do Jornal da Record, entenda por que o corpo reage tão mal quando ingerimos muita bebida alcoólica e descubra o que fazer para a ressaca passar mais depressa.

Entrevista.

Música meu mal e a Birita.

Uma dama chamada Angela Ro Ro

COMPLEXA CANTORA E COMPOSITORA, ANGELA RO RO MANTÉM LIRISMO, INTELIGÊNCIA E IRREVERÊNCIA AOS 30 ANOS DE CARREIRA E 60 DE IDADE: “NÃO FICO EMBRIAGADA DE VAIDADES PORQUE MEU NARCISISMO É CHEIO DE AUTOCRÍTICAS EM PROL DO AUTOCONHECIMENTO”

É sempre muito prazeroso entrevistar Angela Ro Ro. A empatia se estabelece rapidamente graças à inteligência, sensibilidade, irreverência e à amabilidade com que trata seu interlocutor – há sempre um “meu amor” a permear as frases.



Melhor de tudo: ela nunca se esquiva de indagações por mais indelicadas que possam parecer, embora a respostas possam ser ácidas e, não raras as vezes, desconcertantes.

Duas datas redondas cercam a cantora e compositora carioca, uma das mais complexas artistas da Música Popular Brasileira: os 30 anos de lançamento do primeiro disco e os 60 anos de idade completados no dia 5 de dezembro.
O álbum, gravado entre julho e agosto de 1979, só chegou ao mercado praticamente em janeiro do ano seguinte por um motivo especial: a gravadora segurou para que Maria Bethânia, grande vendedora na época, pudesse ter exclusividade no registro de “Gota de sangue”, incluída no disco “Mel”. A faixa conta com o piano de Ro Ro.
Quanto à idade, a artista parece não dar muito peso. Brinca com as décadas. Faz chacota. “É uma pequena falta de delicadeza falar sobre idade com uma dama, como diria a eterna cinquentona Danuza Leão”, afirma, entre gostosas gargalhadas. Insisto um pouco mais: “Que falta de elegância com uma dama. Quero ser longeva. Sou muito ambiciosa porque minha meta é viver feliz”, rebate.
Então, tá! A discografia de Angela Maria Diniz Gonçalves é composta por 11 discos – o mais recente, de 2006, é uma compilação ao vivo de seus hits – e um DVD. Está de bom tamanho para Angela Ro Ro, apelido advindo da risada forte e rouca e cuja obra é influenciada pelo jazz, blues e rock envoltos em brasilidade.
Ela compôs clássicos como “Amor, meu grande amor”, “Não há cabeça”, “Fogueira”, “Só nos resta viver” e também fincou hits alheios como “Simples carinho” (João Donato – Abel Silva). Ney Matogrosso e Marina Lima foram os primeiros a gravá-la. Bethânia veio na seqüência e deu visibilidade a uma autora intensa. Como intérprete, Ro Ro sempre é visceral. Arrepiante.


A trajetória foi marcada por algumas passagens polêmicas envolvendo, por exemplo, a cantora Zizi Possi. O assunto foi explorado à exaustão pela mídia sensacionalista. Tornou-se, principalmente na década de 80, um alvo fácil para a indústria de fofocas de uma artista que nunca escondeu sua orientação sexual, mas negou-se a ser porta-voz oficial dos homossexuais. Ela só queria – e ainda quer – ser livre para cantar, compor, viver. Amar!. “Fui muito maltratada pela segurança pública”, resume.

Há coisa de dez anos, deixou de lado, nas palavras dela, o “kit suicídio” – álcool, drogas e tabaco – emagreceu quase 50 quilos, enfim deu outro sentido à sua vida. Em 2000, retornou aos discos (“Acertei no milênio”) depois de sete anos de afastamento, comandou um delicioso programa de entrevista, “Escândalo”, veiculado pelo Canal Brasil. A mudança de hábito, digamos assim, não lhe tirou em nada o vigor. Ao contrário: Ro Ro continuou afiada. No palco, baladas de amor são intercaladas com tiradas espirituosas. Uma artista em paz com a vida.


A seguir, trechos da entrevista que Angela Ro Ro concedeu ao blog Sintonia Musical em que fala do seu percurso artístico, do projeto para um novo disco inédito, das novas parcerias com Ana Carolina e Sandra de Sá e também do sonho em montar um show com a cantora Zizi Possi.

Trinta anos de carreira e 60 anos de idade. Você parou para pensar bem nas datas redondas?
(risos) Claro que sim, mas não necessariamente nos 60 anos de idade. Eu procuro me desvincular disso. Quando fiz 50 anos comemorei durante uns cinco anos seguidos. Noves fora, mesmo num mundo pós-moderno, acho uma falta de delicadeza falar sobre idade com uma dama, como diria a maravilhosa e eterna cinquentona Danuza Leão. (gargalhada)
Então, tá! Vou perguntar assim: 30 anos de carreira fonográfica renderam 11 discos. Está de bom tamanho?
Ah, eu estou achando bom. Se deixar eu me torno baiana, né? Não estou difamando a Bahia porque lá se trabalha. Mas é aquela coisa meio Dorival Caymmi, que demorava uns 10 anos para compor uma música... Ele é maravilhoso. Acontece que eu sou um pouco lenta para fazer algumas coisas. Hoje em dia, um pouco menos. Hoje demoro um pouco, mas quando desando eu não paro. Onze discos e um DVD em 30 anos. Estou achando uma boa frequência, entende?
Entendo sim, tenho seus discos. Eu a considero muito importante.




É? Que bom, isso é paixão.



Tem projeto pra disco novo?



Estou pensando... Estou sem gravadora, mas em breve pretendo fazer um disco novo. Não quero fazer um disco de 30 anos de carreira porque tenho o “Ao Vivo” (lançado em 2006) que é correlato à data. Quero um disco inédito com parcerias novas que estou fazendo com Frejat, Sandra de Sá, Ana Carolina...





Tem uma frase sua que é bacana, do mais recente disco em estúdio: “Bebendo água pra lubrificar”. Isso traduz ainda atual fase?



Traduz sim. Fui a um coquetel que a Globo me convidou – com Jayme Monjardim, muito simpático e filho da Maysa; o Manoel Carlos maravilhoso, um monte de gente bacana – para o lançamento do DVD Maysa. Fui ao Copacabana Palace. O que você perguntou mesmo?



(risos) Sobre tomar água para lubrificar...



Ah, sim. Fui e falei com quem estava comigo: “Gente, não sei se vou encontrar facilmente o meu drinque”. Lá tinha de tudo e eu pedi um copo d´água. O garçom demorou um pouco, sabe? E foi me oferecendo tudo quanto é batida com suco natural e tudo maravilhoso e eu recusando. A água demorou um pouco.



(gargalhada) Deve ser um prenúncio da escassez da água no mundo...



(gargalhada) Não, é?! Eu já bebi muito! Enjoa! Você tem ressaca, vomita, a pressão arterial sobe; você escorrega e cai. Ai! E além de tudo você se torna um alvo fácil para os outros porque alma de bêbado não tem dono. Eu acho que sou uma pessoa alcoólatra porque se eu começar a beber posso vir a não parar e isso não vai me fazer bem. Então, deduzo que isso seja alcoolismo. E pra ser sincera eu descobri que não gosto de beber.



Você é uma mulher de grandes amores?



Ah, eu sou! Eu amo muito! Sou capaz de amar uma pedra e nunca ter coleção de pedras. Com animais chego às raias da paixão - sempre “houveram” e “hão” alguns que competem, no bom sentido, com as melhores paixões e amores que tive na vida.



Você viveu tudo o que está escrito nas suas músicas? Há letras contundentes...



No início da década de 80, eu havia sido muito maltratada pela segurança pública – e olha que hoje em dia a gente já não sabe quem é bandido e quem é polícia. Mas naquela época, as pessoas preferiam fazer uma lenda viva em carne viva da Angela Ro Ro.



Você contribuiu um pouco ou não?



Ninguém contribui quando é espancado... A resposta, obviamente, é: não contribui, Mariano. Essa é a minha resposta. Sei que você como homem não precisaria fazer esse tipo de pergunta para mim.



Não perguntei para insultá-la...



Não, meu amor. Eu sei do seu caráter jornalístico. Mas sei que como pessoa, como homem, você não faria uma pergunta dessa para mim.



Ok! Você foi parar na revista “Caras” e com um título assim: “Ro Ro renasce do narcisismo”. Nossa, hein?!



Ah, a revista Caras é alegre, pra cima, feita de muitas fotos. Fui muito bem recebida. Foi ótimo o título, leve. Agora, o narcisismo, no sentido do mitológico da palavra, está associado à recuperação da minha saúde de dez anos para cá, à vontade de viver. Isso tudo se deve ao fato de eu me olhar. Eu me olho! Mas não fico embriagada de vaidades. Meu narcisismo é cheio de autocríticas em prol do autoconhecimento. Se você não se conhece, não quer se olhar, você regride. Eu sou da seguinte lei: “Encara-te a ti mesmo”, que vem de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”. Tá vendo, eu dou cacetada pra tudo que é lado. E eu só fiz o ginásio. (gargalhada)Você não é meramente intuitiva. Ou seja, apenas “acha” isso ou aquilo sobre determinados assuntos...




Na realidade, meu amor, aos 60 anos, por mais inculta que possa ser, sou muito observadora, atenta e interessada na vida. Eu presto atenção em tudo. Acho que Sócrates, o jogador, é importante para nós e Sócrates, filósofo da antiga Grécia, é muito importante também. O tipo de futebol que o Doutor Sócrates jogava para mim era mais ou menos a mesma narrativa filosófica de Sócrates, o pensador. “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o outro”, que era uma forma Pré-cristã de quando Cristo dizia “Ame ao seu próximo como a si mesmo”. É a mesma onda.



É?



O grande doutor Sócrates ficava de olho no jogo do adversário e, assim, antecipando e fazendo as jogadas corretas. Então, para mim, eu misturo tudo: Ronald Golias, Dercy Gonçalves, Annie Besant, Papa Borja e suas loucuras, torcida do flamengo, Carlos Drummond de Andrade e seus contos eróticos, as frases puras do grande garanhão Vinicius de Moraes... Eu presto atenção a tudo! Nasci na era da televisão, mas mesmo quando em criança eu ficava atenta ao teatro rebolado. Minha experiência maior é ficar atenta à vida, que é fantástica.



Você se enxerga artisticamente em algumas pessoas? Alguém seguiu sua escola musical?



Não sei lhe dizer... Que eu tenha visto alguma coisa minha em alguém, eu não sei... Por Deus do céu, não estou encolhendo...



Cássia Eller não?



(enfática) Nãããããoooooo! Na-na-não!!!!!



É verdade que era pra você ter gravado “Malandragem” em vez da Cássia?



É sim! Eu estava com o repertório do disco fechado. O Cazuza era tipo meu irmão mais novo. Ele e o Frejat me mandaram uma fita cassete com a música e eu pensei: “linda guitarra, uma beleza a harmonia, mas não vou ficar com ela não”. Telefonei pro Cazuza e disse: “Você tá maluco? Eu com 30 e poucos anos e cantar que sou uma garotinha esperando o ônibus da escola?”. Ele blasfemou e disse que iria entregar para... Só na cabeça dele, que achava que era um desafeto eterno. Tempos depois, ouvi a música no carro e disse: “camarada, que voz é essa”. Era a Cássia.



Não quero ser indelicado, mas o desafeto continua?



Desafeto com quem?



Com a Zizi Possi.



Com a Zizi Possi? Não há o menor desafeto. Eu tive uma profunda tristeza da gente. Ela e eu fomos vítimas de manipulações, de más línguas. As pessoas foram muito maliciosas. Muita maldade, muita truculência física e psicológica contra mim. Eu nunca bati em ninguém, muito menos na Zizi e ela sabe disso. Eu acho a Zizi uma pessoa muito bacana. Nunca mais fizemos amizade. Ela tem uma filha linda que canta tão bem quanto ela. Zizi é uma grande artista. Pena que nunca mais fizemos amizade porque eu poderia pedir dinheiro emprestado a ela, né?



Você não ficou rica com a música Ro Ro?



Tô rica nada, só se for de experiências. Falando sério: não tenho nada contra a Zizi, de coração. Inclusive um dos meus planos é não deixar a vida passar sem tentar fazer um show: Zizi Possi e eu.



Olha só...



É. Ela cantando algumas coisas minhas dela e eu vice-versa. Essa ideia me persegue desde os anos 90. Nunca me dirigi a ela para saber a opinião. Mas em algum momento eu gostaria de consultar a Zizi ou a produção dela para saber a disponibilidade e o interesse dela para compartilharmos o mesmo palco. Seria um show que o público dela e o meu público iriam amar. Imagina ela cantando “Só nos resta viver”, que eu fiz depois de ”Meu amigo, meu herói”? Tá vendo como não coleciono desafetos? Vamos ver se alguém convence dona Zizi.



Você uma mulher feliz?



Olha, sou sim!
RENATO FORIN JR/ ARQUIVO PESSOAL

Ângela Ro Ro se apresenta em Maceió neste sábado



Divulgando seu novo trabalho, composto por um cd intitulado Compasso e um DVD ao vivo gravado no Circo Voador (RJ), a cantora, compositora Ângela Ro Ro passa por Maceió, onde faz apresentação única na unidade Sesc Poço. O show está marcado para sábado (28) as 21h e Ângela promete levar os CDs que fazem um apanhado de sua carreira para ser comercializado no local.
Em seu novo trabalho, participações especiais de nomes como Luiz Melodia, Frejat e Alcione podem ser vistas. A cantora busca ainda outras parcerias e já fez shows junto com Ivete Sangalo e Ana Carolina. As canções ainda possuem o mesmo tom crítico, como em Bater Não Dói, uma sátira à política norte-americana que mesmo depois da eleição de Obama insiste em manter uma prisão em Cuba que se assemelha a um campo de concentração. Outros ritmos aparecem em Compasso: blues, rock, jazz, samba e bolero. A renda obtida com a venda dos cd’s e do DVD serão revertidas em prol de uma instituição carente que a cantora ajuda.
Ângela pretende lançar em 2010 uma caixa em comemoração aos seus 30 anos de carreira. Ela garante que algumas parcerias já estão garantidas e busca agora um selo que apóie a idéia. “Já está tudo planejado”, afirma a cantora.
Há dez anos sem beber, fumar, usar drogas ilícitas e 56kg mais magra, ela garante que se sente bem melhor agora. “Eu fui ao inferno pelas minhas próprias mãos. Lá eu encontrei Deus e ele disse que não havia leito para mim lá”, relembra. Ângela diz que está compondo e cantando melhor do que nunca nessa nova fase de sua vida ‘sem apagões’. Vale a pena conferir tudo isso no show que a cantora realiza amanhã em Maceió!
por Jaqueline Silva

Confira a entrevista.
Angela Ro Ro em Maceió (Parte 1)

Ângela Roro em Maceió Parte 2

Ângela Ro Ro em Maceió Parte 3


Fotos da entrevista por Alexandre Câmera.

Fotos do show de Maceió dia 28/11/09 vejam


O ano de comemorações de Angela Ro Ro

2010 foi um ano de dupla comemoração para Angela Ro Ro: aos 60 anos e 30 de carreira, ela renuncia os excessos envolvendo drogas e álcool e busca saúde, paz, amor e dinheiro "para fazer arte e amor a vida inteira". O seu canto sem artifícios, formado mais por instinto do que técnica, se alia à personalidade potente de uma das maiores cantoras e compositoras da música brasileira.
O primeiro álbum, intitulado Angela Ro Ro, veio em 1979 e já lhe rendeu o título de "a sensação do ano" em meio aos críticos da época. Ainda nesse ano, Maria Bethânia gravou sua composição Gota de sangue no LP Mel, a primeira a ser registrada por outro artista.
 
Dessas três décadas dedicadas à música, emergiram 11 discos -o último uma compilação ao vivo gravado em 2006 - e um DVD. Neles, estão registrados clássicos como Amor, meu grande amor (gravado também pelo Barão Vermelho), Não há cabeça e Raiado de amor.



O Estado do Paraná: Como foi trabalhar no período em que você estava no auge de sua crise, nos anos 80 e 90?

Angela Ro Ro: Passei por crises de obesidade, generosidade, paciência, luto de meus pais, parentes e amigos e a dor maior, que é a crise mundial que a todos pertencemos. Sou eu que estou respondendo, portanto, trabalhar em período de qualquer crise fica exposta uma dificuldade maior ao exercer seu ofício.

O Estado: Nesta época, como era a sua relação com as gravadoras?

Angela: Na década de 80, quando comecei a gravar meu trabalho musical aqui no Brasil, foi muito produtivo pois estava contratada pela Polygram, hoje Universal, o que me rendeu meia dúzia de discos, que desde o primeiro já havia me dado a sorte da consagração, público e crítica, como cantora e compositora de grande qualidade. E na década de 90 mesmo passando por dificuldades enormes pessoais, fiz um maravilhoso disco Nosso amor ao armagedon pela Som Livre, co produzido por mim e por Ezequiel Neves, tive a oportunidade de gravar várias faixas pela Lumiar, de Almir Chediak, para diversos SongBooks de Chico Buarque a Braguinha, inclusive tendo a honra de ser premiada pelo jornal Folha de São Paulo como melhor intérprete na música Futuros amantes de Chico Buarque. Assim foi....

O Estado: O Ruy Castro escreveu no livro Ela é carioca, que você estaria "no poder", se tivesse investido na música metade da energia investida em confusões. O que você acha das afirmações?
Angela: Adoro o Ruy Castro! Realmente passei minha mocidade sem me engajar na luta da ganância pelo poder. Mas é uma excelente idéia, agora que mais madura, reverter essa situação politicamente.
O Estado: Qual o melhor elogio e a pior crítica que já recebeu?


Angela: Minha mãe, Conceição, sempre me cobriu dos melhores elogios. Já que sou filha única, mamãe dizia que apesar de qualquer merda que eu fizesse em minha vida, deveria eternamente saber a pessoa maravilhosa e honesta que sou. A pior crítica deve ter sido qualquer elogio falso.


O Estado: O que te inspira a compor?
Angela: Qualquer coisa, sentimento, natureza.
O Estado: Quais das suas músicas você considera mais especiais. Por que?
Angela: Todas de uma certa forma são especiais, como um filho, mas é claro que existem Fogueiras, Gotas de sangue....
O Estado: Que formas de incentivo e investimento você acha que faltam no meio musical atualmente?


Angela: Grana em direção ao talento pois é sordidamente assistir a miséria de profissionais competentes, artistas, gênios.

O Estado: Você acabou de completar 30 anos de carreira. Como analisa a sua trajetória musical nesse período?


Angela: Sou uma pessoa agradecida pela vida ter me dado o dom do verso, reverso da dor da vida. É genial saber fabricar arte.


O Estado: Como foi ter sido convidada para apresentar o programa Escândalo, do Canal Brasil? O que essa experiência rendeu a você?

Angela: Foi um barato, o pessoal do Canal Brasil me acolheu e me ensinou muita coisa boa. Foi uma experiência única o programa Escândalo. Volto a qualquer hora......


O Estado: Quais foram as suas últimas descobertas musicais?


Angela: Quando fui convidada, por Marcelo Fróes, produtor aqui do Rio, para gravar o disco Mrs. Lennon, um CD só de cantoras com canções da Yoko Ono, descobri um lado surpreendente na composição das músicas da tão polêmica viúva de John Lennon.

O Estado: Que cantoras mais admira e porque?
Angela: Billie Holiday e Elza Soares pelas mesmas razões: a coragem, a humildade, a ousadia e o dom. Maria Bethânia, Gal Costa, Alaíde Costa, Alcione e Ana Carolina, pela beleza do canto, revolução comportamental, sensibilidade e inteligência.

O Estado: Quais os seus próximos planos?
Angela: Ter muita saúde, paz, amor e dinheiro para fazer arte e amor a vida inteira.

Angela Ro Ro completa 60 anos e lança disco


Escândalo tem canções apresentadas em seu programa de televisão. Artista prepara novo CD e DVD autoral, com presença de convidados



Como não deixaram Angela Ro Ro fazer aniversário em 2008 – como reclama a cantora –, este ano ela resolveu comemorar 59 anos. “No ano passado, as reportagens diziam: ‘Angela, de quase 60 anos’”, recorda a irreverente cantora e compositora carioca, cuja maior decepção ao atingir o que já julgava ser a terceira idade foi descobrir que ainda vai ter de esperar cinco anos para ter acesso aos direitos básicos garantidos pela Constituição para aquela faixa etária. “Simbolicamente, são os 59 anos que não me deixaram ter, mas oficialmente são 60 mesmo”, comemora.




“Fiquei um pouco desiludida pelo fato de ter de esperar pela meia-passagem, meia-entrada no teatro ”, alfineta Angela Ro Ro, que aniversariou dia 5. Sem perder o escracho característico, porém um pouco mais séria, a cantora acredita que as pessoas já não estejam captando o seu deboche. “Sou tão cínica que já estão me achando boazinha”, dispara ao telefone, antes de sonora e deliciosa gargalhada. “O que eu quero é saúde e paz para trabalhar”, reivindica Angela, que está mandando para as lojas o CD Escândalo, com 18 áudios de abertura do programa homônimo que ela apresentou por duas temporadas seguidas (2004-2005) no Canal Brasil.



“A compilação ficou muito interessante, são pequenas faixas, como se fossem vinhetas, ideais para tocar em rádio, que não gosta de músicas muito longas”, garante. A artista salienta que se trata de um aperitivo para a série de DVDs do programa, que será lançada a partir de março, com direito às entrevistas dos convidados. A cantora, que gravou e apresentou 53 programas, interpreta todas as faixas acompanhada do tecladista e parceiro Ricardo McCord, que também assina os arranjos. O repertório privilegia canções do álbum Acertei no milênio, que Angela lançou em 2000, pela Jam Music.



Também há clássicos que se tornaram hits em sua voz, como Joana francesa e Gota d’água, de Chico Buarque; All of me, de Seymour Simons; Fica comigo esta noite, de Nelson Gonçalves, e Senza fine, de Gino Paoli, além daqueles de lavra própria, como Simples carinho, Fogueira e Quero mais. A única inédita na voz da intérprete de voz rouca e aveludada é As time goes by, de Herman Hupfeld, que ela cantava apenas por prazer.



Para o produtor Marcelo Fróes, do selo Discobertas, que está lançando Escândalo, Angela Ro Ro é e será cada vez mais reconhecida como uma das principais cantoras compositoras do século 20. “E ela tem tudo para ser também uma das grandes do século 21. Tive o privilégio de reeditar todos os seus primeiros discos pela Universal, em 2002, e agora de tê-la com um produto inédito no catálogo do Discobertas. O que falta a Ro Ro é fazer mais discos nos próximos anos, ainda que ela não deva mais nada a ninguém – com tudo o que já fez”. O produtor pondera: “Ao mesmo tempo que falta preparo a executivos e produtores para lidar com artistas de forte personalidade como ela, talvez tenha faltado a Angela paciência para lidar com as calhordices do mercado dos anos 1980 e 1990 e que, felizmente, já são página virada.”



Frejat, Ney Matogrosso, Fátima Guedes, Flávio Venturini, Leny Andrade, Fred Martins, Jorge Vercilo, Sueli Costa, Sandra de Sá. Lô Borges, Leila Pinheiro, Zé Rodrigues, Arrigo Barnabé, Francis Hime, Luiz Melodia, Jane Duboc, Alcione, Barão Vermelho, Zé Renato, Toni Platão. Beth Carvalho, Ritchie, Fafá de Belém e Celso Fonseca foram alguns dos convidados que passaram pelo programa Escândalo. A experiência na TV foi muito boa, segundo Angela Ro Ro. “Gostaria muito de fazer uma nova temporada”, avisa, admitindo que da próxima talvez ela fizesse o programa um pouco melhor, diante do fato de ter aprendido um pouco de TV.



Entre as entrevistas que mais marcaram a cantora-apresentadora durante as duas temporadas estão as de Zé Rodrix, “talvez por ele já não estar mais entre a gente. Foi muito divertida”, recorda do compositor, morto este ano. “Outra entrevista que me marcou imensamente foi a do Francis Hime. No fim chorei abraçando-o. Senti-me uma irmã mais nova, com aquele carinho dele, de irmão. Mas temos a Alaíde Costa, que é maravilhosa, o Moska, o Toni Platão”, lista, sem querer privilegiar alguém. “Na TV eu falava pelos cotovelos”, recorda Angela Ro Ro, que também cantava no programa.



UM JEITO BLUES DE VIVER



Os fãs terão de aguardar ainda um tempo para ter um disco de inéditas da Angela Ro Ro. “Estou atrás de patrocínio e gravadora para comemorar em 2010 os 30 anos de carreira fonográfica”, anuncia. Apesar da série de composições que vem fazendo com Ricardo McCord, Sandra de Sá e, mais recentemente, Ana Carolina, ela diz que se vai dedicar, primeiro, ao marco, com a gravação de um DVD e CD ao vivo. O primeiro disco da artista na verdade foi gravado em 1979. Simplesmente intitulado Angela Ro Ro, do repertório autoral constavam canções como Gota de sangue, Não há cabeça, Agito e uso e o grande sucesso Amor, meu grande amor.



O disco seguinte, Só nos resta viver, além da faixa-título, fez sucesso com a regravação de Bárbara, de Chico Buarque, e O meu mal é a birita, da própria cantora. Escândalo seria o terceiro disco, de 1981, numa alusão à grande exposição da artista na mídia, então acusada de agredir a namorada famosa. A faixa-título foi composta por Caetano Veloso. A carreira ascendente da compositora, no entanto, acabaria se estagnando a partir do momento em que ela começou a gravar uma série de álbuns de releituras de seus próprios clássicos. Entre os que ela pretende convocar para a comemoração de 30 anos de disco estão Frejat, Maria Bethânia e “tanta gente bacana que cantou a minha música”.



Entre as que ela ainda não gravou, provavelmente Malandragem, de Cazuza, entre no repertório. Atualmente, além do lançamento da coletânea Escândalo, Angela Ro Ro está na trilha sonora da novela Bela, a feia, da TV Record, com uma releitura toda particular de Me chama, do também polêmico Lobão. “Todos os discos me deram alegria, mas o primeiro é o que mais vende até hoje. É impressionante”, avalia, lembrando que o clássico Amor, meu grande amor, comparece em trilha de novela desde Água viva, de Gilberto Braga, até Caminho das índias, de Glória Perez, as duas da Globo. “Acho isso de uma felicidade e uma sorte muito grandes”, conclui.
 
Fonte: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2009/12/19/ficha_musica/id_sessao=19&id_noticia=18965/ficha_musica.shtml

Ângela Ro Ro abre o jogo no Marilia Gabriela entrevista.

Angela Ro Ro diz para a Marília Gabriela que largou as drogas, mas continua louca


A cantora, compositora e pianista, Angela Ro Ro, um dos ícones dos anos 80, é a convidada do “Marília Gabriela Entrevista” do domingo, dia 25. Ela fala sobre a vida pessoal, conta como largou os vícios e comemora os 60 anos de vida e 30 de carreira no próximo ano. Com 11 CDs e um DVD gravados, sendo os últimos trabalhos “Compasso” e “Angela Ro Ro Ao Vivo”, ambos da Indie Records, Angela revela sua intimidade e as dificuldades de sua trajetória profissional.


Marília Gabriela começa a entrevista questionando se deixar de ser louca trouxe algum benefício para a cantora, que responde: “Eu não deixei. Loucura é criatividade, ousadia, questionamento. Deixei de ser alcoólatra, ‘toxicômana’ e tabagista de plantão. Foram 56 kg que eu perdi. Estou mais sadia, mas a loucura me orienta”. A apresentadora quer saber ainda se a entrevistada se considera corajosa. “Não tive coragem nem força durante a minha vida. Tive medo desde muito nova. Fui vítima de pedofilia aos nove anos de idade, pelo meu tio, no leito dos meus pais. Foi mais uma moléstia, mas que me afetou”.




Angela Ro Ro decidiu emagrecer e largar o cigarro quando sentiu que já não respirava bem: “Estava sem fôlego cantando. Estava intoxicada, sem conseguir cantar, andar. Não quero ditar regras ou dar conselhos, mas, no meu caso, eu parei de comer certas coisas, de fumar, comecei a andar”. A cantora considera que possui um público cativo, mas que aumenta a cada ano, inclusive em pessoas de menor idade. “Não é só o público gay, porque eu sou gay assumida”, aponta ela, que já foi violentada pela polícia e sofreu com escândalos providenciados por homofóbicos, segundo a própria.
 
Liberdade.

"Parar só me fez bem. Que bom que agora não tem ressaca no dia seguinte. Mas eu nunca fiz música sob efeito de nada. Agora eu estou liberta. Agora, mais velha, eu posso dançar, me locomover no palco. Eu estou livre."
 
Confira a entrevista aqui.
 
Ângela Ro Ro na Marília Gabriela Entrevista - Parte 1

Ângela Ro Ro na Marília Gabriela Entrevista - Parte 2

Ângela Ro Ro na Marília Gabriela Entrevista - Parte 3

Ângela Ro Ro na Marília Gabriela Entrevista - Parte 4

Ângela Ro Ro na Marília Gabriela Entrevista - Parte 5
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